O mundo do judô se mudou do Rio de Janeiro para Belo Horizonte. Depois do Grand Slam do Rio, será disputada neste final de semana (11 e 12/7), em Belo Horizonte (Minas Gerais), a etapa da Copa do Mundo de Judô, que também é válida pelo ranking da Federação Internacional de Judô. A competição, realizada no Brasil há três anos, terá número recorde de participantes: serão 23 países e 153 atletas. O evento será no Minas Tênis Clube, com início dos combates às 11h (sábado) e 10h (domingo).
Os principais judocas do país, como os medalhistas olímpicos Tiago Camilo, Leandro Guilheiro, Ketleyn Quadros e Flávio Canto, estão confirmados, assim como o campeão mundial Luciano Corrêa. Diferentemente do Grand Slam, as copas do mundo têm repescagem para atletas que chegarem às quartas de final. No Grand Slam da última semana, o Brasil conquistou dez medalhas (uma de ouro, quatro de prata e cinco de bronze). Em BH a seleção terá 54 atletas. Parte da delegação que competiu no Rio embarcou nesta quinta-feira para Lisboa, onde disputa os Jogos da Lusofonia.
Além dos judocas da seleção brasileira, estarão presentes grandes nomes do judô mundial. Caso dos austríacos Ludwig Paischer prata olímpica 2008 e mundial 2005) e Sabrina Filzmozer (bronze mundial 2005), da belga Ilse Heylen (bronze olímpico 2004) e da argentina Paula Pareto (bronze olímpico 2008), entre outros.
Para Daniel Hernandes, ouro no Grand Slam do Rio de Janeiro, os principais adversários na Copa do Mundo serão os brasileiros:
“Fiz bons treinos para manter o ritmo. Sei que estou mais visado depois do resultado no Grand Slam na semana passada. Sei da importância de ir bem na Copa do Mundo para conseguir disputar meu quinto campeonato mundial”, diz Hernandes, referindo-se ao Mundial de Rotterdam, em agosto. A convocação da seleção brasileira está prevista para o dia 21 de julho.
O austríaco Ludwig Paischer se diz preparado para a Copa do Mundo.
“Espero repetir o resultado obtido no Grand Slam”, disse Paischer que conquistou a medalha de ouro no Rio de Janeiro e conquistou o coração da torcida.
Este é o terceiro ano seguido da etapa da Copa do Mundo em Belo Horizonte, mas é a primeira vez que o torneio valerá pontos para o circuito mundial da Federação Internacional de Judô. O Brasil é o único país que conta com dois grandes eventos do circuito mundial (Grand Slam e Copa do Mundo). Esta será a última oportunidade dos judocas pontuarem no ranking que define os cabeças de chave do Mundial de agosto.
Independente do ranking mundial, a busca por uma vaga para defender o Brasil também está acirrada e um bom resultado em Belo Horizonte será bem vindo. A categoria peso médio no masculino é uma das mais equilibradas. Hugo Pessanha, Tiago Camilo e Eduardo Santos brigam pela posição de titular.
“A disputa está muito sadia. Quem tem a ganhar com isso é o Brasil. Qualquer um dos três que vá para o Mundial, vai representar muito bem o judô brasileiro”, afirmou Hugo, vai atuar pela primeira vez em Belo Horizonte como atleta do Minas Tênis Clube.
Além de Pessanha, o campeonato terá um significado especial para outros atletas três atletas brasileiros que lutarão em casa. Érika Miranda, Ketleyn Quadros e Luciano Corrêa, também do Minas Tênis Clube, terão apoio de familiares e amigos com quem convivem diariamente. A expectativa é que todos os quatro mil lugares do ginásio estejam tomados.
“É muito bom lutar em casa. Tenho certeza que terei o apoio de todos”, contou Luciano Corrêa, atual campeão mundial na categoria meio pesado e líder do último ranking divulgado pela FIJ na quinta-feira (9).
A baixa do torneio vai ficar por conta da ausência de bicampeão mundial João Derly que se lesionou nos treinos da semana.
“Estudei bem os adversários. Posso garantir que estou bem preparado física e tecnicamente”, diz o paulista Leandro Cunha, principal nome do meio-leve brasileiro em Minas.