O Brasil não subiu ao pódio no primeiro dia do IJF Grand Slam de Moscou, etapa do Circuito Mundial que divide entre os medalhistas uma premiação de US$ 150 mil dólares e dá 300 pontos no ranking mundial ao campeão, 180 ao segundo e 120 ao terceiro colocado. Leandro Guilheiro foi o brasileiro que chegou mais longe, vencendo suas duas primeiras lutas (KAZ e POL) e sendo derrotado apenas pelo russo Mansur Isaev no peso leve. Com o resultado, o duas vezes medalhista olímpico Guilheiro terminou em quinto lugar e soma mais 60 pontos no ranking. Já o bicampeão mundial João Derly venceu seu primeiro confronto (contra o coreano Jun-Ho Cho), mas perdeu na rodada seguinte para o mongol Khishigbayar Buuveibaatar e deixa Moscou com mais 36 pontos na lista.
Os ligeiros Denílson Lourenço e Felipe Kitadai, que perderam respectivamente para medalhista olímpico (bronze) Rishod Sobirov (UZB) e o campeão olímpico Min-Ho Choi (KOR), não puderam sequer voltar depois da derrota para ainda lutar pelo bronze, uma vez que o novo sistema de disputa do judô iniciado em 2009 já não prevê a realização de repescagem. O mesmo aconteceu com Taciana Lima (perdeu para Tomoko Fukumi, JPN) e Felipe Braga, derrotado por Mario Schendel (GER).
“Sobirov mudou completamente o estilo, usando mais a esquerda e travou o meu jogo”, lamentou Denílson Lourenço, que competiu pela primeira vez sem o sistema de repescagem. “Agora ficou muito mais tudo ou nada. É entrar em cada luta como se fosse uma final. Estranhei um pouco mas essa é a nova realidade”, comentou o ligeiro.
O primeiro Grand Slam organizado em Moscou promoveu uma volta ao passado para atletas que sonham com a classificação para os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Foi no ginásio construído especialmente para receber o judô n os Jogos de Moscou, em 1980, que 325 atletas de 39 países se encontraram para a disputa de uma das mais importantes competições do Circuito da Federação Internacional de Judô (FIJ). O próximo Grand Slam será no Rio de Janeiro, nos dias 4 e 5 de julho. O circuito inclui ainda Paris (fevereiro) e Tóquio (dezembro), além de etapas de Grand Prix e Copas do Mundo, com menor premiação em dinheiro e pontuação.
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Manoela Penna, de Moscou